28.3.14

Uma medalha ficou em Mértola

Quase meio milhar de atletas, de 33 clubes, viram as cores dos seus clubes refletidas nas águas da Tapa da Mina de São Domingos, numa boa parceria organizativa da Federação Portuguesa de Canoagem, Clube Náutico de Mértola e Associação de Canoagem do Algarve.
Carlos Viegas, presidente do Clube Náutico de Mértola, lembrou que “foi mais um grande evento desportivo nacional para Mértola e para o Alentejo, a primeira etapa de três provas do Campeonato Nacional de Esperanças, que reuniu cerca de 500 atletas”, sublinhando a importância do evento para a economia local e o facto de reafirmar que “a Tapada da Mina de São Domingos, têm condições de excelência para a prática da modalidade e para grandes eventos desportivos”. Neste caso, acentuou: “Conseguimos provar que a Tapada Grande consegue receber eventos desta natureza, consegue receber maratonas e, com a futura balizagem da pista de velocidade, conseguirá também receber esse tipo de competições”
O histórico dirigente sempre afirmou, no passado, que a conquista de medalhas em competições internacionais e olímpicas daria um impulso relevante à modalidade e agora recorda: “Sempre foi nossa convicção que as medalhas internacionais de relevo, em campeonatos do mundo e da europa e uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos, teriam esse efeito”. Viegas sustenta: “A canoagem portuguesa tem-se afirmado e está, neste momento, entre as modalidades mais importantes. Não só pela qualidade dos resultados, nem sei bem qual é o número de medalhas que a canoagem trás anualmente para Portugal, mas sei que ultrapassa as 70 medalhas nas diversas especialidades”. E disse: “Sempre acreditámos que isso iria trazer uma grande visibilidade, até em termos populares, para as pessoas perceberem que existe aqui um grande potencial, não só na perspetiva desportiva pura e dura, mas também nas questões de importância económica”. E justificou: “Portugal, atualmente, recebe grande parte da nata da canoagem mundial em estágios de inverno e isso acaba por determinar um nicho de mercado em termos de turismo desportivo que é absolutamente fundamental para o nosso País”. Justificando a diminuta representação dos três núcleos alentejanos nesta competição nacional (Mértola seis atletas, Milfontes, nove e Odemira, quatro), Carlos Viegas negou que isso possa revelar um contraciclo com o atual desenvolvimento da modalidade e recordou: “Tivemos seis atletas na água que lutaram pelos primeiros lugares e conseguimos uma medalha, portanto, está aqui uma reafirmação em termos de qualidade e quantidade do Clube Náutico de Mértola, é preciso não esquecer que estamos a falar de atletas até à categoria de cadetes e o nosso melhor atleta é um sénior, o Bruno Afonso, que já integra a seleção nacional”. E concluiu dizendo: “Todos os dias temos cerca de 30 miúdos na água para treinar, é muito bom face à nossa realidade demográfica e às dificuldades relativamente à sensibilidade dos professores em perceberem que Mértola pode dar aos jovens uma oportunidade que não existirá em muitos sítios com esta qualidade”.

Resultados

K 1 Menor: 8.º Duarte Machado (CN Milfontes). K2 Infantis: 5.º Pedro Rosa /Mateus Luís (CN Milfontes). 17.º Alexandre Inácio/Manuel Santos Inácio (CN Mértola). K1 Infantil A: 1.º Rafael Santos (CN Mértola). 8.º Rodrigo Machado (CN Milfontes). K1 Infantil B: 18.º Afonso Dórdio (CN Milfontes). K1 Infantil Feminino B: 8.ª Ana Alcario (CN Mértola).
K1 Cadete Feminino: 18.ª Sofia Aires (CN Milfontes). 22.ª Inês Rodrigues (CF Odemirense). K2 Cadete Masculino: 14.º Dino Júnior/Diogo Patrício (CN Milfontes). 26.º João Alho/ Tiago Marques (CN Mértola). 30.º Tiago Pacheco/João Oliveira (CF Odemirense). K1 Cadete Masculino: 6.º Gonçalo Gamito (CN Milfontes). 40.º Tiago Rodrigues (CF Odemirense).
Equipas: 18.º CN Milfontes. 24.º CN Mértola. 33.º CF Odemirense.

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